A Ciranda das Cores
Numa clara manhã de sol, o azul do céu e do mar resolveram com
outras cores conversarem. Chamou o amarelo do sol, o vermelho da maçã, o verde
do capim, o branco das nuvens e se pôs a falar:
– Vamos brincar de trocar de lugar?
As cores acharam a ideia bastante divertida e, como estrelas
cadentes coloridas, todas bailaram no ar. Giraram e giraram.
E a cada giro,
inventavam um lugar. Depois, de novo giraram e giravam até reencontrar o mesmo
lugar e um mundo de cores reinventar.
E, rapidamente, tudo ficou diferente. O céu ficou vermelhinho de
doer nos olhos da gente!
As nuvens ganharam uma cor amarela e reluzente!
O verde se espalhou pelo mar e toda a areia da praia se fez
azul. Tudo se modificou de Sul a Norte e de Norte a Sul.
O jumento ficou parecido com o boi-bumbá, pois todas as cores
decidiram o bichinho enfeitar.
O pintinho que antes era amarelinho, agora ficou azul.
A galinha, após botar ovos da cor de chocolate, se exibia toda
vaidosa.
Naquela manhã, o mundo um novo colorido ganhou.
E toda essa história começou quando o papai deixou cair, sem querer,
bem mais que um pinguinho de tinta sobre o papel. Foi tanta tinta que o desenho
que o menino acabara de fazer ficou todo coberto de azul.
Mas, em vez de chorar, o menino convidou o azul para com todas
as cores brincar. Deu asas a sua imaginação, deixou seu coração a cirandar.
No giro da ciranda das cores, o menino se encheu de ideias.
Descobriu que sempre é possível a nossa história reinventar, o nosso futuro
colorir e nosso mundo transformar.
Essa ciranda é assim, não começa em você e nem termina em mim. É
uma história sem fim…
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